Sou assim. Duas de mim. Às vezes quatro, cinco, seis...mil. Sou uma por mês. Muitas vezes até mais. Me diversifico.
Tem horas que grito. Vivo em conflito. Mostro ao mundo a minha dor. Outras horas só sei falar de amor, ajudar os outros, mesmo que esquecendo de mim. Sou a mais romântica, melodramática, estática, chorona e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconseqüente.
Aí, quando menos percebo, me transformo numa mulher cheia de medos, de reservas, coberta de sutilezas. Séria e sem defesa. Amante e amiga. Lutadora e fugitiva.
No momento seguinte, no papel de mulher fatal, viro A tal. Aí sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida. Rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro de poesia ou texto.
Sou assim. Várias de mim. Sorriso por fora, angústia toda hora. Por dentro um tormento, no rosto nenhum sofrimento. Na cara a amargura da vida, por dentro o prazer de viver amargamente. A única coisa que me faz sentir viva e forte. A BUSCA.
Melhor nem me conhecer. Fique com as minhas letras, com as minhas palavras. Na vida real sou bem mais complicada...e num duvide não!!!
Sou mil, e quem tentou, descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado. Prestes à explodir. De amor e de fúria.
Mas te garanto uma coisa. Quem teve nele, realmente, quem me conheceu à finco, quem acertou minha alma e viu quem realmente sou sem as amarras e as máscaras diárias, nunca quis fugir.
Assim sou eu. Mil por dia. Uma por séculos.
Abro portas e fecho janelas.
Acho saídas e descubro segredos.
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